quarta-feira, 31 de julho de 2013

RESPOSTA AO PASTOR SILAS MALAFAIA


PREZADO PASTOR SILAS MALAFAIA:

Dirijo-me ao senhor com respeito porque assim me ensinaram meus pais, em primeiro lugar. Educação vem do berço. Dirijo-me ao senhor com respeito, em segundo lugar, porque assim me ensina a Santa Igreja de Deus; não compactuo com posicionamentos “zelotas” de pensamentos tradicionalistas...  Sei que a graça salvífica atua nos irmãos separados, como explica a Documento Conciliar Unitatis Redintegratio (especialmente o capítulo 3).

O senhor tem todo o direito de falar a respeito da visita do Santo Padre ao Brasil e em nenhum momento o senhor foi ofensivo (como o foram as manifestantes que se auto-intitulam “vadias”).  Admira-me o fato de que os meus irmãos da fé no Christus Totus, os meus irmãos católicos, estejam escandalizados e furiosos. Eu não esperava nada diferente, a final: o senhor é filho do cisma protestante (e filho do protestantismo brasileiro, que é essencialmente anti-católico).  O Papa, para o senhor, é um líder religioso, um Chefe de Estado... e não passa disso.

Pois bem: O senhor  tem o direito de falar e eu tenho o direito de descordar veementemente (e acho que podemos conviver com isto!).

O senhor disse que o Papa está profundamente preocupado com a evasão dos católicos para as igrejas Protestantes e que ele teria se reunido com cerca de 300 bispos do CELAM para tratar disto. Primeiramente, Pastor Malafaia, eram cerca 60 Bispos do CELAM presentes; em segundo lugar, foi a mídia quem trouxe a tona este tema que, mesmo no Documento de Aparecida (onde o mesmo foi abordado) o mesmo não tomou mais que poucas páginas da primeira parte do documento; o Papa Francisco não demonstrou preocupação sobre o tema. Se o senhor fizer um balanço de todos os pronunciamentos do Papa em sua visita ao Brasil (com honestidade intelectual) verá que o tema foi mencionado aqui e acolá, mas não estamos nesta "consternação toda" que os protestantes acham. Aliás, 3,5 milhões de pessoas no maior evento da história do Brasil nos dão motivos de sobra para a esperança.

Eu bem sei que o senhor fica profundamente irritado com o espaço que a Rede Globo dá para a Igreja Católica . O Globo Reporter que antecedeu a Jornada Mundial foi muito emocionante, na verdade. Mas, é assim pastor: Na há uma única capital deste país que não tenha, em sua história, o legado da Igreja Católica com suas Escolas, Hospitais, Universidades e seus missionários. Menciono a maior cidade da América Latina: São Paulo, construída ao redor do Mosteiro de São Bento. Nós temos um legado, uma história, e não somos um “vento de doutrina”... Temos dois mil anos. Posso escolher qualquer bispo católico de qualquer parte do mundo e começar a contagem: este foi ordenado por este, que foi ordenado por este, etc, que chegarei até aos Apóstolos. Temos história (ainda não estou abordando doutrina, mas apenas algo que se chama direito histórico). Portanto, a Igreja Católica tem o seu peso no Brasil (que ainda é de maioria católica – fato!).

O senhor acusou o Papa Francisco de "falso" por falar de pobreza. Muito bem: sua alegação é a de que o Vaticano é “a maior reserva de ouro” do mundo. O senhor, que é um homem inteligente, deveria saber que o tratado de Latrão faz do Vaticano um patrimônio da humanidade; ninguém pode “vender” o Vaticano, ou partes do Vaticano. São obras de arte feitas com o melhor de que se dispunha na época, sob a visão da Era da Cristandade, oriunda da Sagrada Escritura, de que “ouro e prata pertencem ao Senhor”. Desta “reserva de ouro” nenhum bispo ou cardeal pode dispor. Os escândalos do Banco do Vaticano não são novidade alguma; ao longo da história da Igreja tivemos – e aos montes! – padres, bispos e Papas com conduta deplorável, amantes do dinheiro. Aliás, diga-me qual é a realidade humana onde não encontramos tais coisas, não é mesmo? Contudo, estes cardeais não são representantes, mas TRAIDORES da Igreja, e assim são recordados e mencionados! O Banco do Vaticano está sob os cuidados do Papa Francisco e nós católicos estamos esperançosos.

Agora, o senhor diz que não podemos falar "de pastor" por causa de tudo isto que escrevi acima. A questão é a seguinte: Não foi justamente tudo isto que gerou a “Reforma”? É irônico o fato de que os “reformadores” são, agora, os propagadores da nefasta “Teologia da Prosperidade”. A mais expressiva Igreja Pentecostal Brasileira, a IURD, vende arruda, terreno no céu e por aí vai... Nós podemos falar SIM do escândalo dos pastores, Sr. Malafaia., porque vocês são cegos que querem guiar cegos... Há muitos pastores vivendo no luxo, o que causa escândalo ao coração do pobre e sofrido povo de Deus.

O Papa Francisco está tomando medidas... Está fazendo daquilo que sempre foi a vida dele um exemplo para nós, que somos católicos e que obedecemos ao cajado do nosso Pastor. O senhor acha que isto é falsidade... Tem o direito de expressar isto. Para mim, contudo (e tenho o direito de dizê-lo) o que está acontecendo é que o comportamento do justo irrita o proceder do ímpio. Os pastores evangélicos estão tendo que correr para os mais diversos meios de comunicação para prestar contas de suas finanças há algum tempo (o senhor mesmo teve que fazer isto várias vezes)... O proceder do Papa realmente lhes incomoda.

Termino lhe dizendo que o ouro do Vaticano não pode ser vendido, nem usado pelos cardeais; contudo, isto nunca impediu a Igreja Católica de ser a maior Instituição de Caridade do Mundo. Tão pouco o roubo de cardeais (lobos vestidos de cordeiros, dos quais nos alertou Jesus) impediu isto. E a Igreja, que é SEMPER PURIFICANDA, como disse o Papa Francisco, citando Santo Tomás de Aquino, seguirá adiante.

Não toquei em questões de doutrina, até porque isto se tornaria eterno... Recomendo-lhe a Leitura de um Historiador Bacharelado em Harvard e PhD pela Universidade de Columbia: O Sr. Thomas Woods. Será muito proveitoso.

Eu já vi o senhor falar bem da Igreja Católica em alguns aspectos; eu lhe considerava honesto intelectualmente... Agora, confesso, que questiono esta honestidade intelectual que é incapaz de reconhecer o bem quando o vê.  É com honestidade e respeito que lhe respondo.

Com afeto em Cristo,

                               Fernando Nascimento
                               Um simples Católico da Diocese de Novo Hamburgo/RS


  

71 comentários:

  1. Bela resposta !
    Principalmente pelo tratamento de respeito !
    Coisa que o pastor Malafaia não está tendo com nós católicos !

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    1. Mas sabe que até bandido sabe ter respeito quando quer?!!!!

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    2. Ao meu ver o pastor Silas ele repetia as pessoas. Mas o que ele contraria são de religiões que pregam ideologias humanistas sem fundamentos Bíblicos distorcendo as verdades bíblicas. Ele contrariam pessoas contraria pessoas que defende essas religiões. É bom não confundir as coisas.Qualquer um que analisar bem de forma justa vê isso!

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    3. Fami Pedroso, eu não abordei as questões doutrinárias no texto de resposta ao Pastor Silas. Tomei aquilo que ele disse, respeitei seu direito de dizê-lo (que bom que até bandidos o façam!) e expus os pontos pelos quais não posso concordar com ele.

      A Igreja Católica não possui fundamentos bíblicos? Fami Pedroso, você conhece o Catecismo da Igreja Católica? Você já leu? Desculpe-me, mas você odeia algo que te contaram ser a Igreja Católica, mas não o que ela realmente é. Convido você a ler o Catecismo, onde está um sumário do modo como a Igreja recebeu a Palavra, a viveu e a transmitiu ao longo dos séculos. Esta herança de dois mil anos está contida neste precioso documento. Leia-o! Conheça a Igreja Católica e, depois disso, tome as suas decisões.

      Leia o que escrevi, abaixo, ao amigo Pr. Divino Félix. Talvez lhe ajude a compreender um pouco mais quem somos nós, os Católicos.

      Que Deus te abençoe!

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  2. Nossa falou muito bem, grande Fernando, Parabéns pela iniciativa.

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  3. Fico triste com as declarações do Pastor Malafaia...eu o tinha como um grande pregador cristão, mas agora vejo que não passa de um mesquinho falador. Que pena...vou levar algum tempo para me recuperar! Devia ( este pastor ) seguir o exemplo dos Pastores Abner e Samuel Ferreira e tb o Bispo Manoel Ferreira, que ao que me consta não fizeram nenhuma declaração desastroza para o cristianismo. Parabéns Fernando!

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  4. parabéns defendeu muito bem nossa fé na igreja de Jesus igreja Católica

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  5. Irmão Fernando!Gostei da sua posição, fiquei triste em saber que um pastor como ele que admirava tanto falar daquela maneira.
    "Estou desconfiado que o Papa está precisando ler mais a Bíblia"
    "Por fim, deixo uma dica para a Igreja Católica: se vocês não querem perder fiéis para os evangélicos, motivem os católicos a lerem a Bíblia."
    (Silas Malafaia)

    Primeiro, por essa primeira afirmação de algo que ele não conhece, pois nós sabemos a vida de renuncia e missão que o papa Francisco teve até chegar aonde ele está.
    E por fim eu não vejo esse medo em nossa igreja, vejo simplesmente a palavra que Deus coloca em nossos corações: Mt 10, 6-7"Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”.
    E somente isso buscar, ajudar e não pq estamos desesperados, até porque acredito que quem realmente é católico e vive e conhece sua fé, não precisa buscar outra. Acrescento que meu grupo de jovens é uma bênção, e nosso padre incentiva a todo momento a lermos a bíblia, a buscar a palavra de Deus, até porque é a armadura d todo cristão e que não vive sem ela, como iremos aos irmãos sem buscarmos as palavras do Mestre?
    Hoje vejo muitos irmãos nos criticando achando que são certos, apontando erros e por isso vejo como no tempo de Jesus, onde os próprios "religiosos" se diziam certos e foram os primeiros a condenar Jesus naquela cruz.
    Amemo-nos, nós sabemos a fé que vivemos, sabemos que o Espírito Santo age onde quer, assim como temos irmãos pastores que pregam a unidade e são usados por Deus, rezemos pra que Deus conceda a unidade e a orarmos uns pelos outros, orarmos também por esse pastor amado.
    Como vc disse Fernando, nossa igreja tem história e por isso já passamos por muitos erros, erros grotescos, erros hoje que até nossos irmãos estão cometendo e é por isso que hoje estamos em renovação e que assim continue já que é para a glória de Cristo!

    "prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda PACIÊNCIA e EMPENHO de INSTRUIR.
    Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si." (II Timóteo 4,2-3)


    Que nossa Santa Mãe nos abençoe e cuide de todos eles que também são filhos....
    Deus te abençoe meu irmão!
    Abraços

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    1. ja vi que vc nao sabe nada de biblia jucelia igreja catolica sempre vai negar as verdade da biblia para segurar o povo mais tem que ter cuidado porque poderar perder a salvação e s e perder a salvação ja sabe o que esperar aquele que nega a verdade da palavra do SENHOR

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    2. Não sei o seu nome, mas discordo de você. Sem a Igreja Católica nenhum de nós teria acesso a Bíblia. Aliás, dentre todos os livros existentes, estes foram recolhidos e tidos como de inspiração divina; quem fez isto? Os Bispos da Igreja Católica! Não há Bíblia sem Igreja.

      Convido você a conhecer um Livro chamado Catecismo da Igreja Católica, que faz um Sumário do modo como a Igreja recebeu e viveu a Palavra de Deus nestes dois mil anos. Infelizmente,99% dos protestantes rechaçam o que eles acham ser a Igreja Católica e não o que ela realmente é. Seja sincero contigo mesmo e responda a si mesmo se você já leu o Catecismo para conhecer a Doutrina da Igreja Católica.

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    3. amigo se não foce a mão do senhor deus todo poderoso que tivesse levantado seu servo martinho lutero para levar o conhecimento biblico au povo que ate a epoca era oculto pela igraja catolica e que todo aquele que era pegue lendo algo sobre a biblia era morto queimado pela ingreja catolica hoje talvez n existisse mesmo a bilbia. leiam
      busque entendimento busque a verdade enquanto ha tempo pois o senhor jesus estar as portas

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    4. Eriberto,

      Estás sumamente mal informado. A Bíblia é lida diariamente nas celebrações católicas desde os Atos dos Apóstolos, passando pelo período das Catacumbas (como nos narram os estudos patrísticos), atravessando os séculos até aos dias de hoje. Desde SEMPRE a Celebração Eucarística é subdividida em Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística.

      Foi S. Jerônimo quem possibilitou a tradução da Sagrada Escritura para o Latim, nos primórdios. Os Monges, no século XII, já contavam com traduções da Vulgata em língua vernácula na península ibérica.

      Mostre-me UM ÚNICO DOCUMENTO DA IGREJA que proíba a Leitura da Sagrada Escritura. Um único Decreto da Igreja proibindo a leitura da Bíblia.

      O que havia, nos séculos que remontam a assim chamada "Idade Média", era zelo para que a Bíblia fosse lida em concordância com a tradição apostólica, parâmetro da Igreja para a correta interpretação da Igreja.

      Graças a Martinho Lutero hoje existem mais de 35.000 denominações cristãs que não conseguem concordar sobre guardar o sábado ou o domingo, liberar ou lutar contra o aborto, acreditar e viver os dons carismáticos e o Batismo no Espírito Santo ou rechaçar essas manifestações como demoníacas e falsas, liberar ou não o casamento gay, etc. Uma única Bíblia e milhões de "visões".

      São Paulo escreveu aos Tessalonicenses:

      “Portanto, irmãos, mantende-vos firmes e guardai as tradições que haveis aprendido de nós, de palavra ou por carta.” Tes 2,15.

      Graças a Lutero nós temos a Bíblia? Eriberto, a Bíblia foi salva dos bárbaros pela Igreja Católica (e não somente a Bíblia, mas a Cultura Ocidental). Qualquer historiador sério reconhece isto. Os monges reconstruíram a Europa depois de converterem os Povos Bárbaros.

      Leia o autor evangélico Charles Colson (Professor em Havard). Leia o Livro "E agora? Como viveremos". Ele aborda o assunto com muita honestidade.

      Recomendo a leitura de Thomas Woods, Bacharel por Harvard e PhD. em Columbia. Deixo, abaixo, três links do YouTube com vídeo do Dr. Woods sobre o tema da Igreja Católica como construtora da Civilização Ocidental (ele aborda esta acusação que você fez com respeito a Bíblia, bem como outras).

      Primeira Parte:

      https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=X1sGwtAqkOY

      Segunda Parte:

      https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=e3arkonlUjQ

      Terceira Parte:

      https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=msou08orEfU

      Se houver algum interesse em conhecer a verdade... Seja honesto, veja os vídeos. Depois, seja honesto e procure o Catecismo.

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  6. Olá meu Irmão, que orgulho de pessoas como você com tamanho discernimento, conhecimento e propriedade a respeito de nossa Santa Igreja Católica, Sabias palavra !!!!!!!

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  7. Parabéns pelo belo post, Deus te ilumine sempre em seus ensinamentos.
    Também tenho um blog católico, www.realidadecristo.com.br, gostaria de poder te seguir, coloque um gadgete de seguidores do google no seu blog, assim eu poderei acompanahr com mais facilidade os seus posts.

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    1. José Alves:

      Obrigado, em primeiro lugar. Eu não domino muito estas questões. Diga-me como faço para colocar o "gadgate" e eu o farei.

      Abraço!

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Existe esse que é melhor , vá em "layout" depois "adicionar um gadget" e escolha o gadget "Google Friend". Só isso, ai já poderemos te seguir no blogger.

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  8. OBRIGADO IRMÃO DEUS TE ABENÇOE.

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  9. Excelente ... Bem,mediante a este texto posso dizer com muito mais "orgulho" : "SOU CATÓLICO APOSTÓLICO ROMANO" ... A minha fé jamais será abalada por doutrinas que até mesmo o vento leva ... doutrinas de hipocrisia, de gente com o coração interesseiro e enganador, mais tudo bem ... isso tudo acontece,por que eles não conhecem a Cristo Vivo ... Oremos por todos os que falam bobagens como este "pastor".

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  10. Talvez eu seja incoveniente, esse espaço não me caiba, "mas estamos em um democracia", podemos expressar nossa humilde opinião, pois é isso que farei.
    Primeiro, lamento a análise que o Pastor Silas fez a respeito do Papa Francisco. Poderia ter ficado calado e não falar um monte de asneiras.
    Segundo, a postura e a forma humana do Papa francisco não muda por si só a ICAR, você fala de legado histórico e concordo que a influência Católica no Brasil e na Amarica Latina foi e é muito grande, mas o legado é mais negativo do que positivo se levarmos em conte o tempo de reinado absoluto da igreja: A igreja ajudou na escrvização dos índios, cooperou com a escravidão dos negros e obrigou os escravos a se converterem ao catolicismo, sem contar a maioria dos sacerdotes serviam aos caprichos dos coronéis e senhores de engenho. A igreja passou tanto tempo ao lado dos ricos que precisará de muito tempo, mais muito tempo mesmo para se redimir, pois essa posição de bom samaritano é muito nova. A Igreja passou muito tempo praticando terrou em nome de Deus. Até onde eu sei e certamente você sabe mais que eu, Teoricamente, a igreja continua acreditando ou pelo menos mantendo os mesmos dogmas e tradições que conflitam diretamente com a Bíblia, pois são dogmas que sofreram influência pagã, você deve saber disso, você é instruído. Logo, criticar O pastor Silas por ter sido deselegante eu aceito e concordo, agora fazer uma defesa contumaz da ICAR,a História não concorda e eu também não. Isso não faz a Igreja Evangélica Melhor, afinal, somos filhos de uma mãe que nos deu mal exemplo.
    Eu espero que o Papa Francisco tenha coragem de mexer nesse vespeiro. Eu espero que os evangélicos der menos corda ao pastor Silas Malafaia e a corja que defende a teoria da Propesridade, que é uma versão nova do feudalismo, das indugências e campanhas de arrecadação para a cadetral de S. Pedro(exemplo).
    Desculpe a minha franqueza, mas o meu espírito democrático não se conteve.

    No amor de Cristo
    Pr. Divino Félix

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    1. Pr. Divino Félix:

      Obrigado pela tua colocação, em primeiro lugar. São vários os pontos que teríamos que discutir aqui, e eu o farei com muito gosto, Pastor (acredito que todos crescemos quando a razão não é subjulgada pelo desrespeito). Os Dogmas são temas que me encantam... Seguramente vamos nos enriquecer numa sadia discussão.

      1. A QUESTÃO DOS DOGMAS

      Por ora, Pastor, introduzo o tema com uma questão: Qual é o fundamento da verdade cristã? Aonde podemos encontrar a autoridade necessária para discernir se algo é ou não cristão? A resposta protestante é: A Bíblia! Minha primeira objeção a esta resposta é: Aonde está escrito, na Bíblia, que a mesma é o único fundamento, a coluna da verdade?

      Talvez me citaria Mt 5, 17 e depois Tim 3, 16-17: “Toda a Escritura inspirada por Deus é útil para ensinar, para rebater, para corrigir e para formar na justiça, de modo que o homem de Deus seja perfeito, e preparado para toda boa obra.” Depois, poderias me citar Mt 15, onde Jesus fala das tradições.

      Porém, Jesus não estava a condenar toda a tradição em Mateus 15, mas só a tradição corrupta. Quando 2 Timóteo 3, 16 menciona “toda a Escritura” não diz “só a Escritura” é útil. Também a oração, a evangelização e muitas outras coisas são essenciais. E o que dizer de 2 Tessalonicenses 2, 15?

      “Portanto, irmãos, mantende-vos firmes e guardai as tradições que haveis aprendido de nós, de palavra ou por carta.” Tradição Escrita (Bíblica), Tradição Oral (ensino dos Apóstolos e seus sucessores).

      Em realidade, a "Sola Scriptura" é, na essência, a crença histórica dos reformadores frente à "pretensão" católica de que a autoridade esteja na Escritura e “também” na Igreja e na tradição. Para os reformadores, portanto, trata-se apenas de uma presunção teológica,mais do que uma conclusão demonstrada.

      Não é estranho? Os protestantes insistem em que os cristãos só podem acreditar no que a Bíblia ensina, mas a própria Bíblia não ensina que ela seja a única autoridade.

      I Tim 3, 15 nos diz que a Igreja é a Coluna e o sustentáculo da verdade.

      Aqui, prezado Pr. Divino Félix, inicia a nossa jornada de discussão. O Dogma protestante da "Sola Scriptura" não se sustenta na própria Escritura.

      É interessante, Pastor, quando olhamos para as primeiras gerações cristãs, os Padres Apostólicos, os Sub-apostólicos, os Apologetas... É impressionante perceber a clareza de conceitos como Liturgia, Eucaristia, Autoridade dos Bispos e primazia do Bispo de Roma sobre as demais igrejas. Teremos tempo... Trarei as citações para o Blog. Mas, o senhor já pode ir buscando a Inácio, Bispo de Antioquia, que recebeu a imposição das mãos de Pedro Apóstolo. Podes buscar Policarpo, Bispo de Esmirna, que recebeu a imposição das mãos de João Evangelista. Podes buscar Irineu, Bispo de Lyon, que recebeu a imposição das mãos de Policarpo. Enfim.

      O senhor disse que os dogmas receberam influência pagã (acredito que o senhor se refira à Filosofia Grega). Isto não procede, Pastor.





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    2. 2. Sobre o Legado da Igreja Católica na História:

      Preciso discordar do senhor, Pastor Divino Félix. É importante ter em conta que, quando falamos da Igreja Católica, é muito fácil dizer o que ela pensa ou não a respeito de um determinado tema, porque tudo está recolhido num Sumário da Doutrina chamado "Catecismo da Igreja Católica". Não há nenhum precedente doutrinário que dê suporte a afirmação de que a Igreja Católica foi, em algum momento, a favor da escravidão. Tivemos o proceder imoral de Padres, de Bispos e de Papas, que jamais foram, com isto, portadores do verdadeiro e perene ensino da Igreja.

      A História, que o senhor diz estar claramente contra a Igreja Católica, tem sido, na verdade... Mal contada. Imagine o senhor que foi Augusto Comte (positivista-cientificista) o que dividiu os períodos da história e chamou a Cristandade (a época da qual surgiram os Hospitais, as Universidade e assim por diante) de Idade Média, como se fosse um periodo de letargia, de transição, sem nada de significativo. Desde o "iluminismo" a história vem sendo contada de modo tortuoso.

      Recomendo a leitura de um autor evangélico chamado Charles Colson. Em seu livro "E agora? Como viveremos?", o Dr. Colson (Professor em Harvard)fala do legado do cristianismo para o mundo nesta era chamada "medieval".

      Cito, de modo muito especial, o Dr. Thomas Woods, Bacharel em Harvard e PhD. pela Universidade de Columbia. O Autor escreveu a seguinte obra: "A Igreja Católica, construtora da Civilização Ocidental".

      O Doutor dirigiu uma série de programas televisivos na EWTN, dos Estado Unidos. Os programas estão disponíveis no YouTube. Coloco, abaixo, o primeiro vídeo da série (basta seguir com os demais).

      http://www.youtube.com/watch?v=gpPXIWh3Lp4

      Com afeto em Cristo,

      Fernando Nascimento

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    3. Sr. Pr. Divino Félix, os protestantes acreditam que Jesus é mentiroso, pois Ele disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja, pois o pastor falou que são "filhos de uma mãe que deu mau exemplo", infelizmente para vocês protestantes, Jesus é um mentiroso. Como pôde um dia o demônio ter entrado na Igreja? E somente no Sec. XVI com Lutero e demônio ter sido expulso?, é muita pretensão, ou falta de respeito com a Igreja de Cristo.

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    4. Gostei da resposta, você é uma pessoa bem informada a respeito da Igreja Católica e da história, isso é muito bom, pois faz com que nossa discursão não seja levado para o campo do achismo e fanatismo religioso. Acho que seria muito interessante que nós levássemos a discurssão para um campo desapaixonado. Eu compactuo com os fundamentos da reforma, reconheço-a como um dos eventos mais importantes para a sociedade ocidental e mundial, inclusive acredito que a reforma também foi muito importante para igreja Católica, a Contra Reforma produziu bons resultados e ajudaram muito a igreja, incluisive o brasil foi beneficiado com isso: Companhia de Jesus. Mas não defendo o Protestantismo como se fosse A Igreja de Cristo, como também não reconheço o Catocismo como Igreja de Cristo. A Igreja de Cristo é algo muito maior do que uma instituição registrada em cartório ou denominada por quem quer que seja ou movimento qualquer, a Igreja de Cristo é um organismo místico e espiritual, imaculada e perfeita, formada por todos os cristãos militantes e glorificados(Ef.5.23-27). Na Bíblia, em inúmeras vezes, a palavra Igreja quer dizer simplesmente comunidade, assembléia, por isso vem no pluras também (Gálatas1.2) Não estou disposto a discutir com um Católico, quero discutir com um Cristão. Se você aceitar, adicione-me no face e a gente discute atravez da caixa de mensagem. https://www.facebook.com/divinofelix.felix

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    5. Em relação aos protestantes acharem que Cristo é mentiroso, acho que está havendo uma confusão aí: Você acredita que Instituição Igreja Católica Romana é a Igreja da qual Jesus assegurou que o inferno não prevaleceria contra Ela? Eu falei da instituição. Ou você acha que a ICAR como instituição não tem uma história muitas vezes lamentáveis? A igreja protestante também, tivemos episódios lamentáveis. A Igraja de Cristo é Una, não tem filha, abriga todos os filhos de Deus que reconhecem o sacrifício de Cristo e sua graça como sufucientes para salvação.

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    6. Pastor fico muito triste porque a intenção de todas as igrejas protestantes não é de levar pra Cristo mas para sua denominação é por isso que existe a bancada de parlamentares"evangélicos "unidos até certo ponto(O ponto dos interesses partidários) e nessa hora cadê o Cristo? Falar de poder do passado é brincadeira levando em consideração a mentalidade do passado.Fale do poder presente e me responda por que tão grande preocupação de elegerem um presidente protestante, e porque tamanha sede de pastores na política?De Cezar o que é de Cezar,lembra?

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    7. Pr. Divino Félix:

      Boa noite!

      O Livro Jesus de Nazaré, de Bento XVI, aborda este tema de modo maravilhoso. Recomendo-lhe, também, a leitura da Encíclica de Pio XII chamada Mystici Corporis:

      http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_29061943_mystici-corporis-christi_po.html

      Esta Encíclica responde muito bem a questão levantada pelo senhor, Pr. Divino, que divide o "Sobrenatural" do "Natural", a "Igreja Espiritual" e a "Igreja reunida hierarquicamente na Terra".

      Esta divisão dicotômica, na verdade, não existe, Pastor. A Igreja de Jesus é constituída sobre o alicerce dos Doze Apóstolos como cumprimento e plenitude da Promessa de Deus às Doze Tribos de Israel. Eles, os Apóstolos do Cordeiro, estão assentados junto ao Cordeiro. Cada um deles constituiu um "Vigia" (EPÍSCOPO, no Grego) para as igrejas que fundaram.

      Inácio, que foi deixado por São Pedro Apóstolo como Epíscopo (Bispo) em Antioquia, fala claramente sobre a necessidade dos cristãos participarem da "Eucaristia do Bispo", da Celebração que esteja em unidade com o Bispo. Há um cajado, uma hierarquia presente na Igreja desde os Atos dos Apóstolos (estrutura esta que foi mantida e perdura).

      Esta Igreja, que tem Apóstolos aos quais Cristo Jesus confiou a Igreja, é a coluna da Verdade.

      É por causa do grito do cisma protestante do Cristo "sim", Igreja "não", Pr. Divino, que hoje em dia há um grupo enorme de Evangélicos que já não frequentam mais templos, congregações, mas fazem seu culto em casa (Falo do G12 e movimentos similares). Ora, se eu não preciso "de homens" para chegar a Deus... Não preciso do cajado de um Pastor, conclui um protestante. "Por que tantos homens entre Deus e eu", dizia Rousseau. Este pensamento ignora que a "minha fé" precisa estar inserida no "nós" da Igreja. Somos corpo! Eu preciso dos meus irmãos, preciso dos meus pastores para estar em comunhão com Deus. Isto é ser Igreja. O próprio Deus quis precisar de homens para mediar sua graça na história da salvação.

      Infelizmente, o cisma protestante perdeu esta "coluna" quando prescindiu da necessidade da Igreja, Corpo de Cristo. Qual Igreja é a coluna da verdade? A do meu pastor X ou da Pastor da IURD, ou da Adventista? Observo o Sábado ou não? Posso abortar ou não? Os carismas de falar em línguas e o Batismo no Espírito Santo existem ou não? Todos os protestantes possuem a mesma bíblia e não chegam a um consenso sobre estes e outros temas, Pastor, porque lhes foi tirada a coluna que sustenta a verdade, a Igreja!

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    8. Com muito afeto, Pr. Divino, recomendo-lhe a leitura da Encíclica sobre a Igreja, Corpo Místico de Cristo:

      http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_29061943_mystici-corporis-christi_po.html

      Que Deus lhe abençoe mais e mais!

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  11. Parabéns pelo artigo brilhantemente e inspirado pela graça divina! Deus lhe dê a sabedoria continua em sua vida.
    Marcelo W.

    http://exespiritahojecatolico.wordpress.com

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  12. Seu texto está correndo pelo facebook, acabei encontrando seu blog e depois de ler procurei o que foi dito pelo Silas porque eu realmente não sabia. Fiquei muito feliz com sua atitude. Parabéns e obrigada!

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  13. Olá, Fernando Nascimento!
    Tudo bem?
    Me chamo Joel Jr., sou evangélico, e há tempo não concordo com o estilo do Pr. Silas Malafaia de pregar, expressar-se e com a tal da Teologia da Prosperidade que ele vem defendendo. No entanto, gostaria se possível, que o senhor esclarecesse o q quis dizer com "...cegos que querem guiar cegos".

    Meu e-mail é: joeljrfragoso@hotmail.com

    Caso seja possível, gostaria que o senhor me respondesse.

    Obrigado por sua atenção!

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    1. Joel, boa noite!

      Desculpe-me, de antemão, se a citação do palavras de Nosso Senhor causou alguma ambiguidade de interpretação. A frase "cegos guiando cegos" está inserida no contexto da teologia da Prosperidade como negação do próprio propósito que teria inspirado o cisma protestante. A frase está colocada neste sentido: os "reformadores" não podem reformar porque, na realidade, estão deformados (naquilo a que pretendem mudar).

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  14. porque o papa nao prega a vardade da biblia ?? enganando uma multidão de devotos

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  15. Sou evangélico (graças a Deus) e minha dúvida é a mesma do irmão acima. O que o senhor quis dizer com "cegos guiando cegos"?

    Fica com Deus.

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    1. Replico, abaixo, a mesma resposta para a mesma pergunta:

      Desculpe-me, de antemão, se a citação do palavras de Nosso Senhor causou alguma ambiguidade de interpretação. A frase "cegos guiando cegos" está inserida no contexto da teologia da Prosperidade como negação do próprio propósito que teria inspirado o cisma protestante. A frase está colocada neste sentido: os "reformadores" não podem reformar porque, na realidade, estão deformados (naquilo a que pretendem mudar).

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  16. A obra do Senhor não vai parar. O avanço cristão evangélico é natural e não vai parar.
    Cegos somos para o mundo. Fiquem com seus dogmas, rituais e religiosidade enquanto isso. Vejam mesmo que está cego.
    Qual a diferença entre rezar para uma pessoa morta dada como santo e o espiritismo? Ambos são invocação aos mortos.
    Abram os olhos.

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    1. Boa noite, "Fit Planalto".

      Já leste o Catecismo da Igreja Católica para saber o que ela fala sobre a Comunhão dos Santos? Infelizmente, se não leste... Preciso dizer que não conheces a fé da Igreja Católica sobre o tema.

      Prezado, se os que morreram estão "dormindo" (isto aparece uma única vez na Bíblia e há um princípio da hermenêutica que diz claramente que o que aparece uma única vez na Bíblia não pode ser tomado como verdade absoluta - isto é aceito por qualquer teólogo protestante sério), como explicas o encontro de Moisés e Elias, no Tabor, com Jesus? Como explicas a frase de Jesus para o ladrão "hoje mesmo estarás comigo no paraíso"?

      Há nuvem das testemunhas, narrada na carta aos Hebreus, está diante do Trono e do Cordeiro agora mesmo, no HOJE, no KAIRÓS que é o HOJE. E vivos, seguem pertencendo ao Corpo de Cristo que é a Igreja, e seguem exercendo o ministério sacerdotal e profético (cf. Ap 5).

      "Apocalipse" significa "develar", "tirar o véu". João Evangelista viu a realidade do Kairós no qual estamos: A Nova Aliança, o Novo Templo, o Novo Sacerdócio, o Novo Sacrifício, o Novo Culto.

      Tudo o que você encontra na Liturgia Católica, prezado, está presente no Apocalipse (livro que mostra a nova liturgia da nova aliança).

      Recomendo a leitura do livro "O Banquete do Cordeiro", do Dr. Scott Hahn, que fora Pastor Presbiteriano. O livro é Bíblia pura... Você vai gostar.

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  17. Olá Irmãos.
    Vamos nos preocupar apenas com o que disse o nosso senhor Jesus.
    Ele é o Caminho a Verdade e a Vida. Não podemos nos direcionar por homens (que estes também tem pecado) Mas todo aquele que crê em Jesus recebe de Deus o perdão, e já não está mais condenado, mas passou da morte para a vida. Sei que se eu pudesse perguntar a Jesus sobre isso ele diria: Nada disso tem a ver comigo. Eu não criei nada disso nem mesmo religião. Dei uma ordem clara: Ide pregai o evangelho dizendo que creiam em Mim, como diz a escritura.
    O nosso tempo está acabando. Não temos mais tempo pra discutir religião. Devemos retirar as pessoas que estão indo para o inferno. Gente que conhecemos. Ou você acha que não vai chorar no céu ao ver seu amigo ou ente querido lá? isso se você se preocupar em não ir pra lá! Jesus nos ama! por isso deu sua Vida.

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  18. Com todo respeito ao amigo Nascimento, mas no teor que se refere a antiguidade da Igreja Católica, não é verdade que ela remonte ao primeiro século. A Igreja papal é fruto da primeira e mais devastadora cisão ocorrida na vida da Igreja Primitiva, ou Igreja do primeiro século nos anos 300, quando da intromissão dos veneráveis imperadores de roma, a qual fora protagonizada pelo imperador Constantino. Daí a nomenclatura com a qual esta Igreja se identifica: "Igreja Catóilica Apostólica(q de apostólica ñ tem nada) Romana. Pois bem, sua nascente é Roma! Sua origem é romana, por isso sua administração é toda caracterizada e pautada nos ditames e certames da cúria romana. A Igreja de Cristo, a do primeiro século, nada tem haver com governança ou orientação romana, mas se tivesse que está submetida a um comando, certamente seria pelos moldes da cultura de Israel(Jerusalém) e não da Itália(Roma). Os srs. sabem que toda essa "enxovalhada" de heresias que dominou a então Igreja corrompida no 3º século trouxe a baila a reforma protestante, que levou a assembléia de Cristo de volta às Escrituras Sagradas. Portanto, sejamos honestos tambem quando queremos evocar o testemunho da história. Só enfatizando: a Igreja Católica Romana não tem 2.000 anos!

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    1. Márcio Guilber Aguiar:

      Infelizmente eu preciso discordar de você. O que você escreve contradiz a Eusébio de Cesareia, conhecido como o primeiro grande historiador da Igreja, cuja veracidade é comprovada pelos principais historiadores renomados.

      Temos, ao todo 266 Papas, de Pedro a Francisco, numa linha ininterrupta.

      Quando Constantino nasceu, Márcio, já havia 300 anos de fé, mártirio e parresia. Trinta e dois Papas já haviam sucedido a Pedro Apóstolo na Igreja de Roma, onde Pedro foi martirizado. Foram eles Lino, Anacleto, Clemente, Evaristo, Alexandre,Sisto, Telésforo, Higino, Pio I, Aniceto, Sotero, Eleutério, Vitor I, Zeferino, Calisto I, Urbano I, Ponciano, Antero, Fabiano, Cornélio, Lúcio I, Estêvão I, Sisto II, Dionísio, Félix I, Eutiquiano, Caio, Marcelino, Marcelo, Eusébio I, Melquíades, Silvestre.

      O Estudo da Patrística comprova isto. Nenhum teólogo protestante sério nega isto, Márcio.

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  19. Olá,tenho 48 anos, sou evangélico de berço vindo da Primeira Igreja Batista de Cruzeiro, onde após algumas mudanças e escolhas pertenço hoje a Iurd. Em todo esse tempo de Evangelho desde criança sofremos perseguições nas escolas, fazíamos culto ao ar livre ou em uma praça, éramos perseguidos por grupos que não gostavam de "crente". E da onde eram essas pessoas ou qual eram suas crenças? Da Igreja Católica Apostólica Romana.Lembro de uma vez em que participei de uma missa num colégio Católico (Oratório), onde em um determinado momento da missa todos ajoelharam, mas eu não ajoelhei pois não aceitava a idolatria, no final o padre em questão me chamou de "coiote". Mas isso foi no passado, hoje os artistas, pessoas da mídia, empresários, políticos etc,se dizem "evangélicos". A onde eu quero chegar? Em todo esse tempo a Igreja Evangélica não teve uma real vantagem em declarar "guerra" aos irmãos católicos. A Igreja Evangélica cresceu por causa dos próprios católicos que passaram a ler a Bíblia e o próprio Espírito Santo atuando nos corações das almas desejosas da palavra de Deus. Pois estavam cansados das tradições e dogmas religiosos. Não há de se falar da origem histórica de quem prega e sim uma "palavra ou uma mensagem" vinda do próprio Espírito Santo, poi ele é quem fez a obra nos corações das pessoas.Há de elevar o nome do nosso Senhor Jesus Cristo em todos os corações, não aceitando outro pois o maior sacrifício foi DEle. Aos irmãos Católicos continuem lendo ainda mais a Bíblia pois o nosso crescimento no Brasil é profético, onde o Espírito Santo revelará aos corações a mente,o caráter de Deus,e o mais importante o resgate de almas do inferno. Para terminar irmãos católicos continuem lendo a Bíblia, abraços. Eder Miranda de Jesus. RG 16623921.

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    1. Prezado Eder:

      A minha carta ao Pastor Silas Malafaia não visa embates doutrinários (porque isto acaba se tornando "eterno"), mas como católico e como cidadão eu respondi as invectivas do Pr. Malafaia contra a visita do nosso Pastor ao Brasil. Seu comentário, bem como o de outros por aqui, não têm nada a ver com aquilo que foi tratado na carta de resposta ao Pr. Silas.

      Primeiramente: Loucos, infiéis, desequilibrados... Existem aos montes e em todos os lugares (na Igreja Protestante e, também, na Igreja Católica!). Não há nada no Catecismo da Igreja Católica que ensine, incentive ou autorize a um católico a perseguir, maltratar ou desrespeitar alguém por não ser católico. Portanto, o que você diz ter sofrido na infância... Eu o lamento, mas este não é o proceder ensinado pela Doutrina da Igreja. Quem assim agiu... Agiu pecaminosamente.

      Você sabia que, de três em três anos, todo católico que participe de missa diária acaba lendo a Bíblia inteira? Sim, Eder, a na Liturgia da Palavra os Católicos lêem a Bíblia inteira de três em três anos (e não somente as partes que "o padre" gosta de ler... mas a Bíblia inteira).

      Eder, você não conhece a Igreja Católica. Vocês conhece, possivelmente, católicos e alguma que outra paróquia, ou comunidade... Mas não conhece a Igreja Católica. Tudo o que ela diz a respeito dos mais diversos temas, está num Sumário da Fé chamado Catecismo da Igreja Católica (disponível no site www.vatican.va), onde se recolheu a leitura da Igreja e reta interpretação da Sagrada Escritura, sob a luz do testemunho dos Apóstolos e seus sucessores até aos dias de hoje.

      Leia, conheça.

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    2. Caro Semper Fidelis, quem sou eu para argumentar e não entraria nesse campo e nem em algum embate,para convencer as pessoas de minhas idéias e opiniões.Mas ninguem pode contestar fatos. Fato é que o Espírito Santo é que faz a obra e não o homem.É ELE quem revela aos corações dos homens a mente de Deus,a leitura da palavra de Deus não é uma obrigação, visto que revela o plano de Deus para a salvação.Volto a afirmar e é Profético queira ou não o crescimento acentuado dos Evangélicos no Brasil,não há como intervir nesse fato pois não é obra humana e sim de Deus. Não há como articular ou tomar medidas políticas para reverter esse fato, pois sabe porque? O nosso Senhor Jesus Cristo está voltando, a sua volta é profética.Vejo em voce um desejo ardente de servir a Deus, uma vontade sincera de obedecê-lo.Admiro a sua inteligência e sabedoria, que Deus o abençoe.Eder Miranda de Jesus.

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    3. Amém, Éder. Respeito muito a sua opinião. Oremos para que possamos ser UM, a fim de que o Mundo creia. A paz esteja contigo!

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    4. https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ozuCdRITduA

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  20. rapaz o que tem de gente querendo derrubar o silas não estar no jibi so esquecem de uma coisa de ter o cuidado pra não estarem tentando derrubar algo levantado por DEUS
    pois e lutar e perder não estou defendendo ninguem so so estou vendo que tudo isso e cada um buscando aparacer ser o melhor isso e o que infelizmente vejo .mas façam um favor eu ficaria muito mas felis se voces chamasem o homem e falasse isso na cara dele era bem melhor
    mas honesto isso euq voces fazem e coisa de mulher vadia que n tem o que fazer e quando tem raiva de outra sai nas esquinas lanando mal mas n tem coregem de falar na cara CARA A CARA

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    1. Eriberto:

      As declarações do Pastor Silas Malafaia foram feitas via Internet (twitter,etc); a resposta vai pelo mesmo veículo de comunicação.

      Não tenho o mínimo interesse em derrubar o Pr. Malafaia. Aliás, agradeço muito a Deus pela vida do Pr. Silas, pois ele é um verdadeiro guerreiro da Moral Cristã nos meios de Comunicação. Torço e oro por ele. Não tenho medo em afirmar, ainda, que já colaborei financeiramente com o Ministério do Pastor Silas, no passado. Isto, contudo, não significa que eu concorde com ele em tudo. Ele exerceu seu direito democrático de dizer o que pensava e eu exerci o meu em respondê-lo (e não ganhei um centavo com isto, de modo que não vejo aonde eu possa estar buscando me auto-promover).

      Peço-lhe que, por gentileza, se és cristão, escrevas como um, pelo menos no meu blog. O linguajar "coisa de mulher vadia" foi extremamente ofensivo, vulgar e denotou o seu baixo calão. Eu não ofendo os que pensam de modo contrário e pedir reciprocidade é o mínimo que posso fazer.

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    2. https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ozuCdRITduA

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  21. Foi muito bom ter-se comentado um fato tão polêmico. Só que a melhor forma de se resolver é cada um viver seguindo os Ensinamentos e exemplos de NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO, como está fazendo o Nosso Papa FRANCISCO.
    TUDO por JESUS,
    NADA sem MARIA!!!

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    1. "Estai sempre prontos para responder a todo aquele que lhes pedir as razões de sua fé, mas fazei-o com suavidade e respeito". I Pd 3, 15.

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  22. Parabéns Fernando! Precisamos cada vez mais de gente como você para defender a nossa Igreja.

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  23. Prezado Fernando Nascimento

    Também posso dizer que gostei da sua carta. E sou evangélico sem nunca ter sido católico. Entretanto, peço permissão (e ouso usar antes de recebê-la) para comentar um único ponto que achei que merece reparação. Trata-se da reivindicação de ‘legitimidade por razões históricas e relações de hierarquia humana’.

    Não acho que esse seja um critério cristão para avaliar o papel de uma igreja quanto a garantia de salvação. Isso não está nas palavras de Jesus. E, além disso, está nas palavras dEle exatamente o contrário. Jesus salvou os da época – quando não existia igreja – e não seria justo que, para salvar os demais, só com igreja. Se essa fosse Sua intenção, a igreja teria vindo muito antes, mesmo que juntamente com Jesus.

    Pensar diferente é achar que Jesus não ressuscitou e que, além disso, reconheceria a própria morte como o final irreversível de Sua vida, uma vez que teria repassado a função de ligar e desligar a uma pessoa que depois passaria a outra, a não ser que esta não fosse morrer depois.

    Não há novidades nessa questão: os sacerdotes violavam a lei dentro do templo, e o mesmo ocorre hoje, dentro da igreja. Para resolver o impasse, só entendendo que os sacerdotes também são pessoas que serão julgadas - o que confirma que não é pela igreja que se obtém a salvação. Se eles fossem isentos de julgamentos, não se poderia afirmar (como fez Jesus) que eles violavam a lei. Suas atitudes não seriam consideradas ‘violações’ da lei. Assim como a chegada ao trabalho do dono de uma grande empresa depois do início do horário de trabalho não é uma violação do regimento interno sobre o horário de trabalho.

    A resposta sobre a questão foi dada por Jesus, quando Lhe disseram que a mãe e os irmãos dEle estavam a procurá-lO. Ele disse, então, quem era Sua mãe e quem eram Seus irmãos.

    Eu admiraria ainda mais a igreja católica se ela largasse essa mania de usar intermediários para a obtenção da salvação, tais como Maria, a igreja e os santos já mortos ou os ainda vivos. Se juntarmos num documento de ‘declaração pessoal de credo’ as exigências de Jesus para obter aquilo que o ladrão da cruz obteve, então veríamos s singeleza do que significa CRER EM JESUS.

    Não vi Pedro invocar que a salvação tinha que passar pelas mãos dele, diretamente ou através de agentes avalizados pela sua bênção. Não li que Jesus tenha dito que fizesse tudo o que Maria dissesse. Todavia, li o contrário disso, na Bíblia.

    A divisão do cristianismo em correntes eclesiásticas não é culpa apenas dos que se desviam, mas também dos que fazem os outros se desviarem. A defesa em prol de igreja é que causa divisão. Se apenas tentassem centralizar-se no Cristo, seria impossível haver divisão entre os cristãos.

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    1. Carlos Alves, bom dia!

      Você, bem como muitos dos que me escreveram aqui, não se ateve ao que eu realmente escrevi mas aproveitou o ensejo para introduzir a discussão de temas doutrinários (que explicitamente eu disse não ser o propósito da minha carta).

      Cito o que você escreveu como introdução ao teu comentário:

      "...Entretanto, peço permissão (e ouso usar antes de recebê-la) para comentar um único ponto que achei que merece reparação. Trata-se da reivindicação de ‘legitimidade por razões históricas e relações de hierarquia humana’. Não acho que esse seja um critério cristão para avaliar o papel de uma igreja quanto a garantia de salvação..."

      Minha argumentação era muito clara neste ponto da carta: A atenção que a mídia e a sociedade dá à Igreja Católica - e que irrita profundamente ao Pr. Malafaia - é legítima porque a Igreja tem um legado histórico, que lhe confere "direito histórico" no âmbito social. A argumentação sobre a sucessão apostólica foi, tão somente, uma das demonstrações para embasar a afirmação acima (direito histórico ante a sociedade). A sua colocação sobre o "critério cristão para avaliar uma igreja quanto garantia da salvação"... Não foi, sequer, abordado na minha carta. Não afirmei o que você disse que eu afirmei.

      Quanto ao legado histórico deixado pela Igreja Católica à sociedade, citei o Dr. Thomas Woods em sua recente pesquisa: "The Catholic Church: Builder of Western Civilization". Há uma série de vídeos dirigidos pelo próprio doutor disponíveis na Internet. Coloco os links a sua disposição:

      Primeira Parte:

      https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=X1sGwtAqkOY

      Segunda Parte:

      https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=e3arkonlUjQ

      Terceira Parte:

      https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=msou08orEfU

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    2. Pedindo desculpas pelo atraso, gostaria de dizer que também não entrei no mérito da legitimidade: apenas questionei o seu uso como exclusividade e isso seria avalizado por Cristo – que não perguntou ao ladrão a que comunidade ele pertencia, apesar de o episódio (na cruz) ter acontecido depois da ‘entrega das chaves’.

      Dessa forma, a crítica ao fundamento de impertinência de meu comentário também é aplicável a sua resposta. Repetindo: na minha carta não houve questionamento à legitimidade e sim a sua exclusividade – esta, sim, motivo de divisões.

      As palavras e as ações de Jesus nos Seus + 3 anos só conferem exclusividade a Ele mesmo. Não conferem nem aos de Sua própria família, a não ser que eles façam ‘a vontade dEle por obras’, como disse Jesus.

      Os links enviados não serviriam para me ajudar na questão da legitimidade, sob cujo mérito não me debrucei na minha carta. Para entrar nesse tema, eu teria que acreditar em historiadores extrabíblicos e não nos bíblicos. Já é de certa forma duro crer em Jesus. Não quero ser crente em mais ninguém, a não ser que se trate de temas da ciência que podemos provar, como é o caso da área a que pertenço.

      Não foi por acaso que, para defender a legitimidade, o amigo recorreu a historiadores. Legitimidade de organizações humanas é, para mim, como cristão, tema irrelevante por não ser bíblico. Saudações

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    3. Terás que mostrar, Carlos, textualmente o que eu escrevi e o que você entendeu. "Legitimidade", "Exclusividade"... Desculpe-me, mas a minha carta ao Pastor Malafaia não aborda nada disso. A Igreja tem espaço na mídia porque, como instituição, tem uma importância histórica inegável, que torna relevante o que ela diz e faz. Isto é tudo. Não abordei se ela é a salvação ou não, se é a verdadeira ou não... Não abordei nada disso.

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    4. Compreendo... Nesse caso, passei a entender que uma carta tornada pública num blog do naipe do seu não serve para estender qualquer linha de discussão sobre tema relacionado: serve apenas para receber comentários elogiosos.

      Tudo bem, sem problemas... Só um esclarecimento final: ‘exclusividade’ se referiu a uma corrente católica que defende que a salvação só ocorre através dela.

      Os termos não são isolados. Geralmente quem reivindica legitimidade para igreja X está, por trás, EXCLUINDO a legitimidade das outras.

      Não foi isso que ficou patente na carta ao Malafaia, mas, como eu disse, era uma ampliação que frequentemente se faz em debates dos melhores níveis.

      Observe que os comentários são públicos exatamente para proporcionar essas inserções...

      Pararei por aqui e agradeço a atenção.

      Saudações

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    5. Carlos, já quero te pedir, de antemão, perdão pelas linhas que hão de seguir, mas o que gerou total indisposição, da minha parte, para responder as suas indagações foi a sua notável incapacidade de interpretação de texto, que só confessaste, de modo implícito, neste teu último comentário (quando falaste sobre "estender linha de discussão sobre TEMA RELACIONADO"). Cito, mais uma vez, o que tu escreveste como introdução ao teu primeiro comentário:

      "...Entretanto, peço permissão (e ouso usar antes de recebê-la) para comentar um único ponto que achei que merece reparação. Trata-se da reivindicação de ‘legitimidade por razões históricas e relações de hierarquia humana’. Não acho que esse seja um critério cristão para avaliar o papel de uma igreja quanto a garantia de salvação..."

      Fica difícil dedicar tempo para escrever aqui para pessoas que, em primeiro lugar, "distorcem" e são incapazes de uma simples interpretação de texto.

      Acredito que não leste os diversos comentários e as respectivas respostas à Carta, que estão neste blog (logo abaixo da carta). Prefiro acreditar que não leste, pois sua colocação "blog só para receber elogios" faria sua incapacidade de interpretação de texto ainda mais grave e notória! Respondi muita gente até agora, e o fiz com muito respeito. Mas não consegui conter a minha irritação diante da distorção das minhas palavras, tendo extrair colocações e reflexões que eu não fiz. Pensei: Como dialogar assim?

      Recebi, nos comentários, algumas ofensas de pseudo-cristãos. A todos respondi. Se quiser entrar nestes temas... Podemos entrar. Mas teremos de recomeçar a nossa conversa.

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    6. Caríssimo Fernando

      Realmente não li nenhum comentário. O cerne do meu inicial precisava apenas da sua carta ao pastor.

      Quando me referi às recepções elogiosas também não precisei conhecer comentários, pois minha afirmação NÃO FOI DE QUE VOCÊ SÓ TINHA RECEBIDO COMENTÁRIOS ELOGIOSOS OU QUE SÓ TERIA DADO ATENÇÃO A ELES.

      Curiosamente ou não, minha presunção continuaria válida se você tivesse dado mais atenção aos discordantes, para desmantelá-los de alguma forma, do que aos elogiosos. Portanto, a referência à crítica adversa e à atenção a ela dada, no contexto, se torna inócua.

      Então, o que eu mesmo quis dizer? Ora, isso também expliquei: você se negou o tempo todo a tratar as questões QUE TINHAM ALGUMA RELAÇÃO CAUSAL com o problema da legitimidade. Pontos e referências bíblicos foram apresentados por mim.
      Isso ficou muito claro quando você não assumiu os pontos: apenas se limitou a dizer que não tinha tratado disso na carta.

      Eu não o critico por ter se negado. Muito ao contrário, às vezes essa atitude é o melhor a fazer.

      Outro ponto: eu fui um dos que fiz comentários elogiosos a sua carta. Agora, dou uma nota que vale para aquele momento inicial: 95% boa!

      Dos 5 pontos percentuais restantes 3 atribuo à imperfeição intrínseca do ser humano, que nos foi dada por Deus – pasme – justamente porque Ele é o Perfeito.

      Os outros dois pontos restantes se referem ao pouco que me levou ao comentário inicial.

      Não é válida neste ponto uma possível alegação de que a ligação entre os pontos só existiria na minha visão e não na sua. Claro! Você nada disse (não o condeno) sobre essa ligação, a não ser que não tinha tratado disso.

      Evidentemente, se fosse fazer isso agora, negando ou de alguma forma concordando, trairia o comportamento até aqui assumido de não tratar dos pontos que apresentei.

      No que me tange, eu me dou por satisfeito, pois o seu silêncio pode ser mais eloquente do que os que se põem a procurar ajuda fora da bíblia para tratar os assuntos que, segundo eles, a bíblia não explica ou o faz mal.

      Satisfeito e agradecido, pretendo parar aqui.

      Saudações.

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    7. Carlos, seria bem mais simples assumir, com humildade, que não foste feliz na tua introdução; a cada vez que você tenta justificar, fica pior. Não farei agora com fiz nas respostas anteriores (citar você textualmente para demonstrar o que afirmo no que tange a sua má interpretação e infelicidade na introdução das suas perguntas). Basta recordar que você me elogia pela carta e - diz - só discorda com um ponto; ao expor o dito ponto, verificamos que este PONTO na realidade não existe no meu escrito ao qual você se refere.

      Para a introdução de qualquer debate, Carlos, é preciso que se coloquem algumas bases, alguns pontos de partida. O ponto principal é: Qual é o fundamento, a coluna da verdade cristã segundo a qual nós podemos dizer que algo está certo ou errado, procedente ou improcedente.

      Qual é o fundamento da verdade cristã? Aonde podemos encontrar a autoridade necessária para discernir se algo é ou não cristão? A resposta protestante é: A Bíblia! Minha primeira objeção a esta resposta é: Aonde está escrito, na Bíblia, que a mesma é o único fundamento, a coluna da verdade?

      Talvez você me citaria Mt 5, 17 e depois Tim 3, 16-17:

      “Toda a Escritura inspirada por Deus é útil para ensinar, para rebater, para corrigir e para formar na justiça, de modo que o homem de Deus seja perfeito, e preparado para toda boa obra.”

      Depois, poderias me citar Mt 15, onde Jesus fala das tradições (com o intuito de condenar o valor dado, pela Igreja, à Tradição).

      Porém, Jesus não estava a condenar toda a tradição em Mateus 15, mas só a tradição corrupta. Ele mesmo observou a tradição judaica naquilo que era condizente. Quando 2 Timóteo 3, 16 menciona “toda a Escritura” não diz “só a Escritura” é útil. Também a oração, a evangelização e muitas outras coisas são essenciais.

      E o que dizer de 2 Tessalonicenses 2, 15?

      “Portanto, irmãos, mantende-vos firmes e guardai as tradições que haveis aprendido de nós, de palavra ou por carta.” Tradição Escrita (Bíblica), Tradição Oral (ensino dos Apóstolos e seus sucessores).

      Em realidade, a "Sola Scriptura" é, na essência, a crença histórica dos "reformadores" frente à "pretensão" católica de que a autoridade esteja na Escritura e “também” na Igreja e na tradição. Para os reformadores, portanto, trata-se apenas de uma presunção teológica,mais do que uma conclusão demonstrada.

      Não é estranho? Os protestantes insistem que os cristãos só podem acreditar no que a Bíblia ensina, mas a própria Bíblia não ensina que ela seja a única autoridade.

      I Tim 3, 15 nos diz que a Igreja é a Coluna e o sustentáculo da verdade.

      O Dogma protestante da "Sola Scriptura" não se sustenta na própria Escritura.

      É interessante, Carlos, quando olhamos para as primeiras gerações cristãs, os Padres Apostólicos, os Sub-apostólicos, os Apologetas... É impressionante perceber a clareza de conceitos como Liturgia, Eucaristia, Autoridade dos Bispos e primazia do Bispo de Roma sobre as demais igrejas. Busque os escritos de Inácio, Bispo de Antioquia, que recebeu a imposição das mãos de Pedro Apóstolo. Podes buscar Policarpo, Bispo de Esmirna, que recebeu a imposição das mãos de João Evangelista. Podes buscar Irineu, Bispo de Lyon, que recebeu a imposição das mãos de Policarpo. Não bastar ter os textos sagrados em mãos. É preciso ter uma hermenêutica correta, condizente com a vida da Igreja, com os ensinamentos dos Apóstolos e seus sucessores. Olhe para os primeiros cristãos, que receberam, dos próprios Apóstolos, o Kerygma.

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    8. Caríssimo Fernando, meu boa-noite!

      [Vai em dois pedaços pois não coube...]

      Preciso apenas das seguintes linhas do seu novo post para mostrar por que não vou entrar em discussão com o amigo sobre o tema.

      “Carlos, seria bem mais simples assumir, com humildade, que não foste feliz na tua introdução; a cada vez que você tenta justificar, fica pior. Não farei agora com fiz nas respostas anteriores (citar você textualmente para demonstrar o que afirmo no que tange a sua má interpretação e infelicidade na introdução das suas perguntas).”

      Faço os seguintes questionamentos, mas não desejo que o prezado responda, embora reconheça que não há espaço para que eu evite, a não ser o que se requer de cristãos.

      Quantas linhas tem minha introdução? Quantas perguntas há nela? Posso antecipar eventual resposta: poucas linhas; e zero pergunta.

      Vamos supor que o amigo tem razão ao dizer que não fui feliz ‘na introdução’. O que, como cristão, se deve fazer: ficar se prendendo ao que você considerou ‘infelicidade’? (apenas uma introdução sem perguntas e sem temas...). Qual a razão dessa esquisita preferência? Com franqueza, eu não estranharia se ela viesse de um ateu (= anticristão)...

      Depois de dizer, em certo momento, que eu seria uma pessoa semialfabetizada (‘incapaz de interpretar um simples texto’) por que o amigo se aprofunda agora, me mandando texto mais longo e profundo?

      A reação deveria ser inversa por simples questão de ética: imagine um professor de alto nível (terceiro ou quarto grau) se ocupando em altas análises numa conversa com um analfabeto: como tacharíamos tal professor? Educado, gentil, humilde, ético...?

      Por que se esmerou em qualificar o interlocutor e só agora, depois de tê-lo enquadrado por mais de uma vez, o assume para a análise e debate?

      O amigo alega que fico cada vez pior. Não sei em que bíblia se apoia para acusar tanto uma pessoa... Nas regras laicas e lógicas para debates tenho certeza que não é. O ad hominem é condenado laicamente (e na Bíblia Católica).

      Que adjetivos depreciativos eu dirigi ao amigo sobre sua pessoa? Para se ser humilde, um interlocutor jamais deveria ser depreciado.

      O amigo, em determinado momento, se traiu ao pedir perdão antecipado pelas acusações que iria fazer à minha pessoa. Logo, eu tenho um testemunho, uma autoconfissão de um acusador que reconheceu que suas ações mereciam pedido de perdão. Preciso de outra prova?
      [Segue]

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    9. Outro detalhe que está dentro do meu desejo de encerrar a breve conversa: se eu não escolhi tema, com bases ou não, o amigo jamais deveria escolher por mim. Teria que ter a minha aprovação expressa.

      Pior: até teve a desaprovação, visto que eu tinha embutido essa questão da unicidade da fonte nos meus 98%. Achei isso um pouco hilariante. Questionei a ‘exclusividade da legitimidade’ (os 2%) – um tema que foi rejeitado pela alegação de a carta não ter tratado dele.

      Aliás, uma observação en passant: usar a Bíblia para, com seu pretenso silêncio, concluir algo sobre ela mesma é uma falácia chamada de ‘argumento do silêncio’. Normalmente ele deve ser rechaçado por um lado ou por outro por causa de sua inocuidade lógica.

      Uma pequena contribuição deste semialfabetizado (prevendo correção do texto para o bem do próximo). No seu trecho:

      “Qual é o fundamento da verdade cristã? Aonde podemos encontrar a autoridade necessária para discernir se algo é ou não cristão?”

      Com respeito, não é ‘aonde’, e sim ‘onde’. Não se trata de simples questão de ortografia, pois as duas palavras existem. Só fiz essa observação por dois motivos: (1) está no trecho que analisei NESTE POST; (2) o amigo teria introduzido o tema ‘linguística’ ao me tachar como um incapacitado na área.

      Creio que, apesar dessa pequena introdução, o amigo não desejaria debater esse tema... Eu não o censuro por isso. Invoco a figura do debatedor educado, gentil, humilde, ético a que me referi acima...

      Gostaria, neste final, de dizer que vim a este blog por acaso, uma vez que meus propósitos para a net estão restritos a debates com ateístas sobre a questão de Deus, unicamente sob enfoque científico. Sites de cunho religioso não são um bom lugar para isso.

      Por tê-la achado interessante, sua carta ao pastor Malafaia me trouxe aqui para uma noção mais abrangente. Essa foi a causa do acaso.

      Dada a surpresa de ver o amigo me exigindo humildade depois de me humilhar, resta-me esperar que o ilustre amigo não tenha uma função importante na hierarquia da Igreja Católica, a fim e que meu respeito por ela não seja abalado.

      E espero que minhas repetidas investidas no encerramento da conversa sejam respeitadas neste ponto...

      Pode ser...?

      Saudações Cristãs

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    10. https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ozuCdRITduA

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  24. Caro Fernando, tem o meu respeito porque percebo em suas palavras a sinceridade. Permita-me pontuar o rumo de nossa troca de ideias:1) Concordo plenamente que a teologia da prosperidade é, pura e imaculada, fruto da sabedoria humana (Tiago 3:13-18 - em especial, o vers. 14 e 15); 2) O cisma protestante foi um erro? ou o erro é indubitavelmente da Igreja Católica? 3) É a Igreja Católica a igreja primitiva? 4) Palavra de Deus e tradição: elas podem ser opostas? No amor de Cristo, Hudson

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  25. Hudson, boa tarde!

    1) Sobre a Teologia da Prosperidade:

    A materialização da fé (em forma de oferta) e da benção (em forma de bens e sucesso financeiro) está muito longe do conceito de vida em abundância anunciada por Jesus. Trata-se de uma "vida cristã imanente", de um "Reino de Deus aqui na Terra". Na Igreja Católica esta mesma vertente gerou a Teologia da Libertação, cuja base filosófica é marxista. Fico feliz por concordarmos com isto.

    Contudo, diferente do que muita gente interpretou, eu não acusei o Pr. Malafaia de propagador da Teologia da Prosperidade, embora, na minha opinião, exista sim um viés, uma tendência facilmente identificável de Teologia da Prosperidade em algumas de suas posturas e pronunciamentos. Eu fiz referência ao fato de modo mais geral e citei a IURD como exemplo. (Só para esclarecer).

    2) O Cisma Protestante X Erros da Igreja Católica

    Hudson, a parábola do joio semeado no meio do trigo é um tremendo critério de discernimento para levarmos em conta na análise a ser feita aqui.

    O Senhor anunciou, desde o princípio, que haveria lobos vestidos de ovelhas no meio do Seu rebanho; contudo, prometeu estar conosco todos os dias até o fim dos tempos e garantiu que as portas do inferno nunca prevalecerão sobre a Igreja. De fato, o Apóstolo Paulo, na Segunda Carta aos Coríntios, fala do sofrimento causado por falsos irmãos. Já no Novo Testamento encontramos o problema de doutrinas diferentes daquela que era pregada pelos apóstolos, com suas consequências. Nos primeiros séculos, os primeiros bispos da Igreja dedicaram-se a defesa da fé diante das mais variadas heresias (algumas dessas quase tomaram a Igreja por inteiro, nos primeiros Séculos, restando apenas poucos Bispos, que se mantiveram firmes, orantes, sofrendo e perseverando na unidade do Espírito pelo vínculo da paz, sem calar a verdade... E como "as portas do inferno não prevalecerão", as heresias dos primeiros séculos foram sendo vencidas).

    Francisco de Assis foi um grande reformador. Ele viveu sob uma Igreja cheia de corrupções humanas oriundas do "poder" e da "riqueza". Com sua vida e ministério, empreendeu uma profunda reforma, porque sempre há um remanescente, um povo escolhido do Senhor disposto a ser usado... e, assim, o inferno não pode prevalecer.

    Reformas semelhantes aconteceram nos tempos de Catarina de Sena, Beatriz da Hungria, Teresa D'Ávila, João da Cruz, Thomas More, Joana D'Arc. Dentre os que cito (sem preocupações cronológicas) alguns foram alvos da inquisição, outros padeceram em cárcere privado, dois deles foram mártires, derramando seu sangue. O inferno concentra suas forças lançando seu joio sobre a ceara do Senhor, mas SEMPRE há um remanescente, um povo escolhido do Senhor, porque Ele é fiel em fazer cumprir a Sua palavra. Se Ele disse que as portas do inferno não prevalecerão... Ele é poderoso para guardar sua palavra.

    No período do cisma protestante, Hudson, a Igreja estava mergulhada na crise e gritava por reforma. Lutero, contudo, diferentemente de todos os que o precederam, não "reformou", apenas rompeu com a Igreja estabelecida sobre os Apóstolos. Tratou-se de cisma e não de uma reforma. Portanto: a situação de caos gerada pelos homens dentro da Igreja pedia um renovo, um sopro do Espírito e o protestantismo foi um erro enquanto se apresentou na história como um novo cisma ao invés de uma reforma. O princípio da "sola scriptura", defendido pelo cisma (que supostamente seria a força de união do povo cristão) gerou o fenômeno atual de mais de 35.000 denominações evangélicas espalhadas pelo mundo que, usando a mesma Bíblia, não conseguem concordar entre guardar o sábado ou o domingo, batizar ou não batizar crianças, aceitar ou não aceitar segundas, terceiras, quartas uniões conjugais, aceitar o batismo no Espírito Santo e os carismas ou repudiar tais manifestações como diabólicas, ser a favor ou contra o aborto, ser a favor ou contra o homossexualismo, etc.

    Darei sequência aos dois outros pontos nos próximos dias.

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    1. Hudson, retomo somente agora para dar continuidade, tratando os pontos 3 e 4 das reflexões propostas por ti devido às atividades que tive nos últimos dias.

      Antes, porém, de segui com o terceiro ponto, cabe resumir brevemente o ponto 2:

      A ideia principal do ponto dois é:

      a) O cisma protestante é um erro por ser "cismático" (obviamente). Somos chamados a "guardar a unidade do Espírito no Vínculo da Paz", o que exige de nós fé (especialmente quando olhamos para a Igreja e a vemos repleta do pecado dos homens) e "parresía", "martiría", para dar a vida pela verdade do Evangelho que purifica e vivifica a Igreja.

      b) A visão Eclesiológica do cisma protestante (Cristo "sim", Igreja "não") e o princípio da "Sola Scriptura" (sem base na própria Escritura) ferem o testemunho dos Apóstolos e seus sucessores; são erros com consequências daninhas.
      i) A visão Eclesiológica: "Não precisamos da mediação da Igreja para ir a Deus", diz a teologia protestante. Consequência dessa mesma Teologia são os movimentos como o G12 entre outros que já não frequentam templos e não precisam de "pastores", afinal... "Por que tantos homens entre Deus e eu?", já dizia Rousseau. Na verdade, é impossível sermos cristãos sem a mediação da graça advinda pelos "membros do corpo de Cristo" por meio da pregação, da oração intercessória e do testemunho", numa primeira instância. A grande diferença eclesiológica reside no fato de que, para nós Católicos, a Igreja é o próprio Jesus Cristo; todos os que fomos batizados estamos "enxertados" no SEU CORPO e constituímos, com Ele, a Igreja. Ir a Cristo prescindindo da Igreja é inconcebível. Pertencer a Igreja é, portanto, necessário para a Salvação. O protestantismo criou uma dicotomia, como se existisse a "Igreja Instituição" e a "Igreja Espiritual". A Igreja de Jesus é constituída sobre o alicerce dos Doze Apóstolos como cumprimento e plenitude da Promessa de Deus à Israel (constituído em doze tribos). Eles, os Apóstolos do Cordeiro, estão assentados junto ao Cordeiro (cf. Ap 21). Cada um deles constituiu um "Vigia" (EPÍSCOPO, no Grego) para as igrejas que fundaram.

      Inácio, que foi deixado por São Pedro Apóstolo como Epíscopo (Bispo) em Antioquia, fala claramente sobre a necessidade dos cristãos participarem da "Eucaristia do Bispo", da Celebração que esteja em unidade com o Bispo. Há um cajado, uma hierarquia presente na Igreja desde os Atos dos Apóstolos (estrutura esta que foi mantida e perdura).

      Esta Igreja, que tem Apóstolos aos quais Cristo Jesus confiou a Igreja, é a coluna da Verdade.

      É por causa do grito do cisma protestante do Cristo "sim", Igreja "não", Hudson, que, repito, hoje em dia há um grupo enorme de Evangélicos que já não frequentam mais templos, congregações, mas fazem seu culto em casa (Falo do G12 e movimentos similares). Ora, se eu não preciso "de homens" para chegar a Deus... Não preciso do cajado de um Pastor, conclui um protestante. Este pensamento ignora que a "minha fé" precisa estar inserida no "nós" da Igreja. Somos corpo! Eu preciso dos meus irmãos, preciso dos meus pastores para estar em comunhão com Deus. Isto é ser Igreja. O próprio Deus quis precisar de homens para mediar sua graça na história da salvação.

      Infelizmente, o cisma protestante perdeu esta "coluna" quando prescindiu da necessidade da Igreja, Corpo de Cristo. Qual Igreja é a coluna da verdade? A do meu pastor X ou da Pastor da IURD, ou da Adventista? Observo o Sábado ou não? Posso abortar ou não? Os carismas de falar em línguas e o Batismo no Espírito Santo existem ou não? Todos os protestantes possuem a mesma bíblia e não chegam a um consenso sobre estes e outros temas, Hudson, porque lhes foi tirada a coluna que sustenta a verdade, a Igreja!

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    2. 3) A Igreja Católica é a Igreja Primitiva?

      Hudson, a questão da continuidade ou descontinuidade da verdade bíblica no decorrer dos Séculos é digna de ser levada em conta e respondida devidamente. Agora: Negar a historicidade de da Igreja Católica, que remonta até aos Apóstolos, é algo que nenhum teólogo protestante sério já fez. Karl Bart, Kierkegaard foram exímios teólogos protestantes (para citar exemplos) e, mesmo para eles, esta questão era muito clara.

      O testemunho dos primeiros escritos neste tema não deixa ambiguidades. São estes:

      Fontes cristãs:

      1) A mais importante de todas é o novo testamento de modo especial os evangelhos .
      2) A didaqué é um pequeno livro, conhecido também como, “catecismo dos primeiros cristão”. A didaqué descreve sobre os falsos profetas e as heresias.
      3) A carta de Clemente Romano aos Corintios; escrita por volta do ano 95; inicio do século II. Trata da diferença entre os jovens e os anciões.
      4) As sete cartas de Inácio, bispo de Antioquia (110 dC.) deram bases teológicas para os chamados “ministérios” existente na hierarquia da igreja - exorta a importância da união e da obediência, ligamento que deve existir entre o padre e o bispo. Inácio elabora uma teologia do sacramento da ordem, organizando os ministérios.
      5) As cartas de Policarpo; (algumas não são consideradas como cartas, mas sim, como verdadeiros tratados).
      6) As epistolas de barnabé; (algumas não são consideradas como cartas, mas sim, como verdadeiros tratados).
      7) As epistolas de clemente; (algumas não são consideradas como cartas, mas sim, como verdadeiros tratados).
      8) O pastor de Hermas.


      Fontes não cristãs:

      1) Flavio Josefo (judeu) – escreveu o livro: “As antiguidades judaicas” ;
      2) Tácito romano – escreveu o livro Annales , por volta do ano 115;
      3) Suetônio (romano) escreveu um livro sobre a vida de Cláudio, fazendo uma certa alusão a um certo Cresto ;
      4) Plínio – o moço – conserva-se dele relato da corte do imperador Trajano, descreve também os costumes cristãos. Segundo Plínio, toda a culpa dos cristãos se em: “levantava-se em um determinado dia da semana cedo ao raiar do dia, para cantar hinos alternados ao Senhor”;
      5) As fontes literárias.

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    3. 4) Sagrada Escritura e Tradição podem se contradizer?

      A Tradição Escrita e a Tradição Oral chegaram a nós com a dignidade de VERDADE graças à autoridade dos Apóstolos e seus sucessores; a linha de continuidade desses ensinamentos era o principal argumento dos primeiros cristãos apologetas ante os hereges de seu tempo. A "corrente de ensinamentos" (CATENA, no Latim) era a demonstração mais cabal da autoridade de um determinado ensino (Fulano aprendeu de Beltrano, que repassou a Siclano, etc, até chegar a algum dos Apóstolos). Isto pode ser lido nos escritos que citei acima.

      O Cânon dos diversos livros que compõem a Bíblia só pode ser distinguido dos demais (os apócrifos) graças ao ensinamento da tradição.

      A tradição escrita e oral constituem um único e comum depósito de fé para a Igreja, Hudson. É evidente que existem escritos e tradições várias que são apócrifas. Quem vai definir se algo é ou não "do Espírito" são os Bispos em comunhão com o Sucessor de Pedro, aquele que é chamado a "confirmar os seus irmãos" e a apascentar "Cordeiros e Ovelhas".

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  26. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ozuCdRITduA

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