São tantas as críticas envolvendo a
pessoa do Padre Paulo Ricardo que fica até difícil elencá-las. Fiz um sumário
das principais; meu artigo visa o público católico, motivo pelo qual elegi os
tópicos abaixo.
Eu conheci o Padre em uma de minhas
viagens a Cuiabá/MT. Fui hospedado por uma noite no Seminário Cristo Rei, do
qual o Padre era o Reitor. Tive a oportunidade de ir ao Shopping com o padre
para comermos uma pizza e conversarmos. Digo a vocês que, depois deste momento,
fiz a melhor confissão da minha vida. Percebi nele um profundo conhecedor das
misérias humanas... Um excelente Pastor de almas. Eu estava no auge das minhas
dificuldades vocacionais e minhas indecisões (somadas a minha falta de caráter
e virtude) que me levavam a grandes sofrimentos; como sempre, as tensões
acabavam explodindo na afetividade e na sexualidade (realidade muito gritante
da nossa juventude). Fiquei impressionado com a clareza, coma compaixão e com a
humildade que vi no Padre. Isto foi há alguns bons anos atrás.
Em Porto Algre/RS estive mais uma vez
com o Padre Paulo. Vi-o pregar para os Seminaristas do Renasem com muita
propriedade, equilíbrio e humanidade.
Li “Um olhar que cura”, obra
maravilhosa! Fiz alguns cursos online (Teologia Mística e Dons Carismáticos,
Teodicéia, História da Igreja Antiga, Marxismo Cultural) e estou em andamento
com outros cursos. Assisti grande parte dos vídeos da série “Parresía” e
“Resposta Católica”. Acredito que conheço um pouco o pensamento do Padre Paulo,
motivo pelo qual me ponho a escrever.
1. O Padre
Paulo Ricardo é legalista, super preocupado com a “norma”, o “dogma” e possui
uma visão negativa a respeito do homem (é desumano).
Esta acusação é bem comum. A mídia
usava (e usa) os mesmo qualificativos (ou “desqualificativos”, na verdade) para
o Papa Emérito Bento XVI, com quem eu pude estar duas vezes ( e todos os que
conviveram com ele exaltam a sua grande humildade e simplicidade).
Pelo que tenho lido e visto, tudo o que
o Padre Paulo Ricardo diz vem acompanhado de citação magisterial (e quando não
é assim o próprio Padre “brinca” e diz: “Cuidado, esta é a minha opinião!”).
Nisto eu percebo um verdadeiro cuidado, por parte do Padre, em ser um simples
ARAUTO e não um sofista. O Arauto, nos tempos antigos, era aquele que, em alto
e bom tom, lia os decretos de seu rei para o povo. Quando digo que vejo no
Padre Paulo um ARAUTO, quero dizer que ele não fala “de si mesmo”, “não fala do
que ele pensa simplesmente”, mas expõe a doutrina e cita a fonte.
Queridos, a nossa Igreja é Apostólica.
Que significa isto? Que ela remonta aos dias dos Apóstolos numa verdadeira
“CATENA” de ensinamentos que formam o Depósito da Fé. Não há espaço para
relativismos na Igreja Católica: Temos o Papa e os Bispos – em comunhão com ele
– como fatores visíveis da nossa unidade. O “dogma” e a “norma” não
são algemas, imperativos de coerção ou imposições; são, antes, “pontos de
partida”, sinalizadores que nos apontam o reto caminho. Não são pontos de
chegada, mas pontos de partida. Ignorar os dogmas e as normas podem trazer
consequências daninhas para o homem, uma vez que distorcem a verdade objetiva e
desorientam àquilo que todo coração humano busca.
Um verdadeiro humanismo cristão jamais
abre mão da verdade, afinal: É a verdade que liberta o homem.
2. O Padre
Paulo é retrógrada e Tradicionalista.
Aqui nós precisamos aclarar uma série de
termos. Um Padre que acompanha a RCC muito amorosamente na Diocese de Cuiabá,
que está em comunhão constante com a Comunidade de Vida e Aliança Carismática
Canção Nova, que defende a existência dos dons carismáticos e que reconhece ter
feito experiência com Cristo por meio da Renovação em sua juventude (lá nos
Estados Unidos)... Para
tradicionalista não serve!
Tradicionalistas, em geral, são aqueles
que não aceitam o Concílio Vaticano II e nada do que aconteceu de lá pra cá (o
que não é o caso do Padre Paulo em absoluto!). São aqueles que gostariam de
voltar à Igreja de “200 anos atrás”, sem nada de novo (o que não é o caso do
Padre Paulo).
Retrógrado por quê? Por causa da
fidelidade à Liturgia? Por causa da transmissão da fé e da moral da Igreja?
Nós estamos diante de um “vento de
modernismo” que deseja fazer do Concílio Vaticano II uma “ruptura” com toda a
tradição da Igreja, o que ele não é em absoluto. Mostrem-me, por exemplo, algum
pronunciamento do Vaticano II com a abolição do Latim, ou da Batina, ou de
algum posicionamento moral da Igreja sobre os temas da Contracepção,
Homossexualidade, Relação Sexual fora do casamento, masturbação, etc.
O Padre Paulo Ricardo é um sacerdote
conservador aberto para o novo, sempre que em harmonia com o tesouro bimilenar
da Igreja, embora, na minha opinião, ele tenha um viés, uma tendência para o
tradicionalismo em alguns aspectos (vou tratá-los a seguir).
3. O Padre
Paulo Ricardo denigre a imagem da CNBB e forma seguidores com o mesmo viés.
Este é, quem sabe, um dos temas mais
delicados dentre os que elenquei acima.
Tivemos alguns episódios relativos à
Campanha da Fraternidade e, mais recentemente, a questão do PLC 03/2013.
Acompanhei os pronunciamentos do Padre
Paulo Ricardo nos dois temas. Não posso definir de outro modo que não seja
“parresia” a coragem do Padre Paulo de se pronunciar nestas questões. Vi, nos
pronunciamentos, um enorme esforço, por parte do Padre Paulo, em respeitar a
CNBB e, ao mesmo tempo, manifestar opinião contrária, embasando cada afirmação
com muito cuidado.
O problema, aqui, não é o Padre Paulo,
mas sim os “seguidores”. Falarei disto abaixo.
A CNBB é um organismo criado para gerar
comunhão pastoral entre os Bispos, que são soberanos em suas dioceses. Ela não
goza de autoridade sobre os Bispos Diocesanos, embora todos eles sejam
cuidadosos em fazer cumprir os lineamentos oriundos da CNBB.
Acredito que o Padre Paulo, quando teve
que falar de algum ponto divergente com a CNBB... O fez com muita dignidade e
respeito.
4. O Padre
Paulo Ricardo é contra o Rock
Foi por ocasião do “Rock in Rio” que o
Padre Paulo se pronunciou. O Padre fundamentou muito bem a sua posição, oferecendo
pesquisas e fontes muito sólidas sobre o assunto. Contudo, trata-se da opinião
dele (embora tenha sido uma opinião contumaz e muito bem embasada).
Eu, por outro lado, pude conhecer
ministros de louvor que, por meio do Rock, puderam ser instrumentos poderosos
nas mãos do Senhor. Vi jovens derramando suas almas nas “Viradas Radicais” que
os jovens da RCC organizavam, na Cidade de Curitiba, em praça pública. Deste
modo, acredito que, quando os músicos são ungidos e usados por Deus, o Rock
pode ser um canal valioso (eu vi isto acontecer... Ninguém me contou).
Agora, eu levaria muito em conta tudo o
que o Padre comentou e buscaria fazer disto matéria de estudo, de conversão, de
cuidado pastoral. O Ministro de Louvor que evangeliza com o Rock, na minha
opinião, deveria passar pela Escola Permanente de Formação (no caso dos
carismáticos).
Aqueles que não concordam com o Padre
Paulo Ricardo neste quesito devem expor isto com argumentos, ideias,
fundamentações. Não basta dizer “tenho raiva dele” ou “quero que ele tome um
chá de sumiço”. Ideias devem ser rebatidas com ideias. Até agora eu tenho visto
os opositores do Padre Paulo não fazerem mais que xingamentos sem expor uma
única ideia fundamentada sobre o tema, para contrapor ao que o Padre diz.
5. O
Padre Paulo Ricardo enxerga o Marxismo em tudo
Esta também é uma colocação frequente. O
próprio Padre Paulo Ricardo, contudo, numa das primeiras “áudios” que ouvi
sobre o tema, pedia, ironicamente, para que, por favor, nós duvidássemos dele!
Acredito que o Padre Paulo tenha uma
visão muito bem fundamentada do tema e que está exposta no curso (que eu fiz!).
O que, as vezes, me cansa sobre este
tema é fato de que estamos constantemente “pegando no radar”a multidão de
marxistas do Brasil, mas nunca vejo uma iniciativa “construtiva” no campo
político (embora o próprio curso já seja uma). Quero saber aonde estão os
“mocinhos” no Brasil, se eles existem. Quero esperança! Cansei de ficar
apagando o incêndio, apontando o número de abortistas e ativistas liberais
existentes nos mais diversos partidos.
6. Padre
Paulo Ricardo X Guilherme do Rosa de Saron
Acredito que a aula do Padre Paulo
Ricardo sobre o tema da Salvação “fora” da Igreja Católica já tenha esclarecido
muito bem o tema.
O Guilherme se expressou mal, o que não
o torna um herege em absoluto (embora o conteúdo da fala seja herético, porque
está errado). Por incrível que pareça eu estava no meu intervalo de trabalho e
estava assistindo o Programa da Fátima. Vi o que foi falado e não posso
concordar. Em primeiro lugar, foi dito que depois de João Paulo II nós
estávamos ali... Na expectativa... Até que Deus nos deu o Papa Francisco! Mas,
espera um minuto: E o Papa Bento XVI? Infelizmente, a mídia liberal e os
"católicos" liberais taxaram Bento XVI de nazista, pedófilo e outras
atrocidades... E não posso admitir que um representante da Juventude Católica
corrobore para manter este tipo de pensamento, como se o período de pontificado
de Bento XVI não tivesse passado de "um largo tempo de espera por um Papa
melhor". Não foi dito isto em nenhum momento! Não posso culpar o Guilherme
por isto (porque ele não falou nada disso), mas precisamos ter cuidado quando
falamos em público como Igreja, porque tudo isto é pode ser lido nas
entrelinhas.
Nós, como católicos, precisamos ser
Arautos e não sofistas. Explico: Um arauto é aquele que recebe e transmite uma
mensagem que não é sua, mas do Rei que a redigiu. O arauto só precisa
transmiti-la, porque a mensagem não é sua, não vem "de si". O Sofista
é aquele que pensa deter a sabedoria e transmite o que ele pensa, o que ele diz
dominar. Quando nos posicionamos como Católicos, somos Arautos da Doutrina
Católica. Devemos apenas transmitir fielmente a Doutrina. Para isto, é preciso
conhecê-la.
Eu gosto da Banda Rosa de Saron! Oro
para que sigam adiante e sejam canais de graça. Isto, contudo, não me exime de
falar a verdade.
7.
Algumas críticas minhas ao Padre Paulo
Vou ousar, aqui, levantar uma crítica a
alguém que eu amo muito em Cristo. Sei que ele as receberá virtuosamente.
No curso sobre Dons Carismáticos vi os
alunos mais "tradicionalistas" rasgando as vestes porque o Padre
Paulo Ricardo falava da ação da graça de Deus nos evangélicos. Um aluno,
contudo, disse que o Padre tinha sido temerário por ter afirmado isto, e o
Padre disse ter ficado impressionado e edificado com o "zelo" do aluno.
Outro assunto foi o vídeo falando da visita do Papa Francisco. Vi que, por mais
de quarenta minutos, o Padre se dedicou a "justificar" o Papa e seu
método pastoral (visivelmente para apaziguar os tradicionalistas). Com todo o
respeito do mundo, Padre Paulo, acredito que o senhor "passa muito a mão
na cabeça" dos tradicionalistas. Eles precisam aprender a ter fé na
Igreja.
Outro assunto é o seguinte: O Padre
precisa exortar mais os alunos para o equilíbrio. Embora ele seja equilibrado e
busque ponderar bem as coisas, os alunos parecem, muitas vezes, um grupo que
pensa dominar a verdade. Falam maldosamente da CNBB (coisa que o próprio Padre
não faz!) e de outras realidades da Igreja. Portanto, é necessário tomar
cuidado para formar bem essa juventude... Que tenham Caridade na Verdade.
Que Deus abençoe o Padre Paulo! Siga
firme!
Parabéns pelo Blog. Padre Ricardo realmente merece que saiamos em sua defesa. Apesar de que quem o defende é o Espirito Santo. Não tive esta alegria de o conhecer pessoalmente, mas sei reconhecer as virtudes do Santo Espírito de Deus quando estão presentes na vida de um homem.Paz e bem.
ResponderExcluirObrigado, Clécimo. Na verdade, busquei ser objetivo na análise. Apontei, até, pontos de discordância com o Padre. Mas, com toda a certeza, o saldo é muito mais positivo que negativo na análise, rsrs.
ExcluirA paz esteja contigo também!
Muito bom sua matéria Fernando! Concordo com você a respeito de muitas pessoas (seguidores) que só sabem colocar lenha na fogueira, sendo mais acusadores do que colaboradores da verdade, criando uma imagem de que o Padre Paulo Ricardo também é assim, o que NÃO é, pois também o considero muito equilibrado. As aulas provam isso!
ResponderExcluirAliás, louvo a Deus, pelo sim desse sacerdote, que cada vez mais colabora com nossa fé e na busca pela santidade!
Jesus e Maria o abençoe,
Abraço fraterno!
Louvo a Deus contigo pela vida e pelo ministério do Padre Paulo Ricardo.
ExcluirConsidero urgente a orientação dos alunos do site. Percebo um comportamento legalista, julgador e pouco amoroso nos mesmos.
Um amigo me fez uma crítica dizendo que o Padre Paulo incita e alimentação toda uma geração de novos padres tradicionalistas que estão vindo. Está é uma crítica a ser levada em conta, sem dúvida. De minha parte, desejo muito que o Padre aperte mais as rédias com esse povo.
Texto muito bom!!!
ResponderExcluirObrigado, Gabriel.
ExcluirÓtimo texto! Só falta melhorar esse Layout e criar página no facebook, porque te admiro depois dessa. Só não concordo muito com um ou outro ponto, mas o texto tá demais! Parabéns!
ResponderExcluirDavi Tavares, boa noite!
ExcluirMe ajudaria muito saber qual são os pontos com os quais você não concorda. Quem sabe podemos refletir e isso traga mais luz sobre o assunto.
Quanto ao Layout e outras coisas... Aceito sugestões. Gosto de escrever, mas não entendo nada do demais, rsrs.
Forte abraço!
Gostei do texto. Até que enfim alguém decidiu criticar da forma correta, não da forma que aconteceu. Eu discordo sobre o conteúdo herético que você trata, pois a encíclica redemptoris missio susta esse tema. O que pode haver é uma confusão sobre o que ele quis falar, talvez a forma como ele falou foi dúbia, mas creio que só. Mas parabéns pela forma como critica, é a forma cristã de se expressar.
ResponderExcluirAgradeço, Eduardo, mas gostaria de te perguntar: O que você entende da Redemptoris Missio sobre este tema da da Salvação fora da Igreja Católica? O que é que o Guilherme de Sá disse, o que é que a Redemptoris Missio diz e qual é a palavra oficial da Igreja, portanto, sobre o assunto?
ExcluirAcredito que, ao respondermos estas perguntas, ficará mais claro o tema. Não quero ser injusto com a Banda, porque gosto demais deles. Com sinceridade no coração eu te peço para explanar as questões... Quem sabe consigamos refletir melhor o tema e trazer mais luz sobre ele. Forte abraço.
O Pe. Paulo Ricardo representa, para mim, um claro retrocesso. Uma espécie de corpo insepulto de uma Igreja velhaca. Uma eclesiologia bolorenta. Mas nada melhor do que o tempo, não?
ResponderExcluirÉ verdade Dr. Cristian Santos. O mundo hoje está em outra. Por isso, precisamos rapidamente encontrar outros padres, que sejam menos bitolados em Jesus Cristo, Igreja Católica, Bíblia Sagrada, Catecismo e Magistério. Ecumenismo já!!! kkkk
ExcluirLi o texto. Conclusão: os argumentos do rapaz são fracos a ponto de terem confirmado tudo o que pensava a respeito da infelicidade que é o padre em questão. Paulo Ricardo não está sendo injustamente perseguido por sua pretensa fidelidade ao magistério ou a liturgia. Ele não defende a Igreja de Cristo, mas uma Igreja bélica, edificada por ele mesmo, plasmada no culto a batina, em sonhos e revelações de Nossa Senhora e no rechaço a tudo o que possa parecer pouco triunfalista. Destinado a combater os inimigos da fé, ou seja, a todos aqueles que não comungam de suas insanidades, os sataniza, taxonomizando-os de hereges. Os frutos de seu ministério têm sido abundantes: descomunhão no colégio de presbíteros de sua diocese, sofrimentos terríveis para o seu bispo, e escândalo entre os leigos.
ResponderExcluirCristian,
ExcluirBoa noite!
Achei interessante o que escreveste. Não preciso nem dizer como a minha opinião é divergente da sua, mas podemos conviver com isto.
Contudo, a exposição que você fez, para mim, são tão fracas quanto o meu artigo; explico o porquê: Eu simplesmente escrevi, resumidamente, que tudo o que o padre fala pode ser dividido em dois grupos: O Posicionamento da Igreja (e ele cita fontes magisteriais das mais diversas) e o seu próprio pensamento (que ele mesmo enfatiza como sendo "a sua opinião"). Foi isto que eu escrevi. Você, por outro lado, afirma que o Padre defende uma Igreja "imaginária", sonhos, culto a batina, revelações de nossa Senhora etc. Expõe, também, que os frutos do ministério do Padre se resumem a "descomunhão" e escândalo. Seus argumentos são tão "fracos" quanto os que expus no artigo pelo simples fato de não trazer nada em concreto que embase o que se afirma... São afirmações ao vento.
No meu caso, não me preocupei em fundamentar as afirmações de outro modo que não fosse partindo das evidências que estão ao acesso de todos: Os vídeos, os cursos e os livros (bem como o testemunho pessoal, pois conheço o padre pessoalmente).
Posições se respondem com contra-posições. Então, não basta que "joguemos" afirmações ao vento. Sendo assim, é necessário dizer: O padre não defende a Igreja de Cristo, mas uma igreja bélica, porque ele afirma no vídeo/livro isto, isto e aquilo; esta afirmação em questão não procede por causa disto, disto e daquilo. Aí sim, Cristian, eu respeitaria mais o que você diz.
Você diz que os frutos do ministério do Padre são de divisão. Eu digo que o número de vocações ao sacerdócio e a vida religiosa que foram despertadas pelas pregações, vídeos e livros é imenso. Seus argumentos são tão "fortes" quanto os meus.
Afirmaste que o Padre cultua a Batina. Você bem sabe que não há uma única indicação da Igreja para que os sacerdotes deixem a batina. Depois, eu vi o Padre expor, várias vezes, os motivos pelos quais ele a usa, o que ela representa, etc. Nunca vi o padre colocar a batina como uma "conditio sine qua non".
As revelações de nossa Senhora nunca foram expostas pelo Padre como se fossem DOGMAS. Ele fala das mesmas dentro das orientações do catecismo, como revelações privadas (estou pronto para ouvir o contrário, com as devidas citações).
Desejo saber a quem o Padre Paulo Ricardo chamou de herege injustamente. Desejo saber qual afirmação, corrente ou ideologia o padre condenou e que não passe de "insanidade" da parte dele.
A "divisão" gerada pelo Padre Ricardo se explica de modo muito fácil. É evidente que católicos liberais (sejam eles padres, bispos, religiosos ou leigos) não gostem dele nem "pintado de ouro". Envie-me alguma queixa feita pelo Bispo de Cuiabá sobre o Padre Paulo Ricardo que fundamente a sua afirmação. É evidente que o ministério do Padre gera opositores e estas tensões gerem problemas para o Bispo Diocesano. Contudo, meu caro, existem guerras que são lícitas e dignas de serem guerreadas, dores de cabeço que são lícitas e dignas de serem enfrentadas.
"Eu vim para atear fogo a Terra e que outra coisa desejo senão que ele esteja aceso".
Este Cristian Santos é um pobre coitado. Deve se amiguinho do Leonardo Boff, JB Libânio, e outros mais. Todos eles terão muito tempo para se lamentarem no inferno.
ExcluirUm ótimo artigo, em defesa do Padre Paulo Ricardo, estou em conclusão com você Fernando, ainda não tive a experiência de conhecer o Padre Paulo, mas espero um dia conhece-lo, também sou aluno do Site dele, estamos juntos em sua defesa.
ResponderExcluirÀ Equipe do Christo Nihil Praeponere:
ResponderExcluirProvavelmente não seja do conhecimento de vocês um artigo que escrevi sobre o Padre Paulo Ricardo:
http://fernandonascimentoumolharcristao.blogspot.com.br/2013/08/padre-paulo-ricardo-de-azevedo-junior.html
Quero, portanto, que fique bem clara a minha posição sobre a pessoa e o apostolado do Padre Paulo Ricardo. É deste pressuposto que escrevo a minha crítica hoje.
Indo direto ao assunto: Temos dois problemas:
1. Embora predomine o equilíbrio próprio do conservadorismo (que conserva o passado e se abre para "o novo", acolhendo-o como continuidade), existe um claro viés de tradicionalismo nas formações em geral.
2. Este viés de tradicionalismo, aliado à falta de ascese dos alunos, tem fomentado um grupo de "católicos saduceus" que estão espalhando divisão e contenda.
Sobre a primeira afirmação:
Saliento, mais recentemente, os vídeos sobre a JMJ e o Papa Francisco, aonde o Padre Paulo Ricardo vem tentando "justificar" a todo custo as palavras, posições e atitudes do Papa Francisco (claramente para apaziguar os tradicionalistas).
Nos mais diversos cursos vi afirmações sobre a influência gnóstica na Renovação Carismática, ou sobre o viés pentecostal na RCC, ou sobre os abusos litúrgicos oriundos de membros da RCC. Como o Padre Paulo Ricardo é muito querido e amado pelo Movimento... Acolhemos suas colocações porque nos sabemos amados e respeitados por ele. Contudo, o Movimento Eclesial no nosso país possui um Conselho Nacional e materiais de formação oficiais, nos quais não se encontra NADA que dê fundamento ao gnosticismo, pentecostalismo e ao abuso litúrgico. O fato de que membros do Movimento, mal informados, façam coisas impróprias não significam que esta seja a postura oficial do Movimento. Mas acolhemos as correções e recomendamos que os membros da RCC se formem nos mais diversos cursos desta página web.
Agora, é impressionante como os posicionamentos tradicionalistas são acolhidos e respondidos com todo o cuidado. Recordo-me, no curso sobre Dons Carismáticos, de um aluno tradicionalista que chamou o padre de temerário por defender algo que está expresso no Documento Conciliar Unitatis Redintegratio: A Ação da Graça Salvífica nos "não-católicos". Para minha surpresa, o Padre fez uma série de "reconsiderações" e elogiou o "zelo" do aluno (como se não fosse conhecedor do fato de que o ecumenismo do Concílio Vaticano II é encarado como a fumaça de Satanás na Igreja, o que é falso e nocivo). Assim, com esses e outros episódios, o Padre reforça o posicionamento tradicionalista que, ao meu ver, é qualquer coisa, menos católico! São pessoas partidaristas que só aceitam aquilo que, previa e anteriormente, já concebiam como verdade. Nisto não há obediência... Somente conveniência. Estavam eufóricos com Bento XVI... Agora temerosos com Francisco... Lamentável.
Sobre a segunda afirmação
Os alunos deste site enchem as redes sociais de disparates contra a CNBB, contra a RCC, contra o Ecumenismo (de forma generalizada); desafiam a autoridade de seus párocos, colocam-se como juízes (ou algozes, melhor dito). Eu sou aluno do site... Eu sei o que padre diz, e vejo o cuidado com o qual ele diz o que diz. Mas é evidente que o método tem efeitos colaterais preocupantes na cabeça dos tradicionalistas.
Vejo necessário que, com urgência, o Padre dedique pronunciamentos sobre o Tradicionalismo. Encaminhei, a pouco, no email suporte@padrepauloricardo.org, um dos vários mailings que recebo de alunos do site; o mailing em questão distorce o que o Padre Paulo fala sobre o Missal de Paulo VI e incentiva, dá razões para que não assistamos mais à missa, se a mesma não for no Rito Tridentino. Enfim... Efeito colateral!
Eu gostaria de uma resposta... Se for possível, agradeço!
Fernando Nascimento
Olha aê Fernando.... demorou, mais chegou.. rsrs
ResponderExcluirA última aula do Padre Paulo Ricardo, ela dá uma boa exortada no povo que ao invés de colaborar com a verdade, a distorce, porque, infelizmente não procuram nem ao menos estudar sobre o assunto.. Só sabem fazer barulho.....
Excelente AULA!
Esse padre, é uma benção mesmo!!
Abraço frater!
Qual é a aula?
ExcluirDesculpe.. esqueci de colocar o link..
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=FCgZjtUxDvM
Parabens! Texto muito bem estruturado e argumentado. Sem os apelos emocionais que vemos em muitas materias de outros meios!
ResponderExcluirOlá Fernando! Eu acompanho o padre Paulo desde a época que ele tinha um sitiozinho muito amador. Penso que ele poderia fazer um uso melhor das pessoas que o admiram e são verdadeiramente Católicas. O site dele deveria prover os recursos necessários para que pudéssemos nos organizar. Com a saída do Bento XVI, as coisas tendem a ficar muito complicadas. Precisamos nos organizar enquanto ainda temos a internet para fazê-lo. Salve Maria!!
ResponderExcluir